quinta-feira, 31 de julho de 2008

Yorrupiii!


Esse era o grito de guerra do meu avô. Ou melhor, o grito de paz. Sempre quando ele estava feliz, dava um salto e gritava com muita alegria essa palavrinha mágica.
Lembrar do Luiz Afonso Guimarães Juruena de Mattos, sempre faz brotar algumas lágrimas dos meus olhos. Mas quem conheceu esse exímio professor, bioquímico, pai, avô, amigo, maridão, palhaço, intelectual... Sabe muito bem do que estou falando. Nunca vi meu avô desanimar. Ele era o tipo de pessoa que mesmo diante de qualquer problema sabia manter a serenidade, enfrentava o pepino e depois sorria com aquele sorriso que até hoje arrepia a minha espinha. Com ele aprendi o que é o amor. Eu te amo para sempre meu vô. Obrigada por todos os momentos inesquecíveis que passei do seu lado. Da dança do pezinho, das mágicas, das estórias que você inventava para a gente pegar no sono (Eu e meu irmão), por ter sido meu melhor amigo, confidente, meu porto seguro. Agradeço a deus por ter nascido na sua família. Você vive dentro do meu coração.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Eta cachaça boa !


Essa cachaça ai que bebi todinha tinha jatobá. Eles colocam a casca da árvore na cachaça e deixam curtir. Ela fica vermelhona, parece até sangue. Um gole dá prá aquecer do fio mais comprido de cabelo até o calcanhar. Uma dica boa é a cachaça Bento Velho. Uma delícia! Mas não vai misturar com cerveja, caipirinha.... Beba muita água e fique só na cachacinha, que no dia seguinte não vai existir ressaca nem dor de cabeça.

Assim como a Carmem de Bizet



Sempre me identifiquei com a Carmem do Bizet ou com o personagem principal do filme do Truffaut, “O Homem que amava as mulheres”. Carmem se apaixonava de verdade pelos homens. Já o personagem Bertrand Morane de François Truffaut era um sedutor, embora não encarasse a conquista como um jogo, mas sim como verdadeira paixão por ela.


Esses personagens possuem uma coisa em comum: o medo de se entregar de verdade. O medo de amar. E também são viciados em sedução. Ela é como uma droga. Acho mesmo que vicia. Pois seduzir é muito bom. E ficar apaixonada também. Descobrir o universo do outro, suas virtudes e talentos e sentir aquele frio na barriga e uma vontade de não parar de sorrir, sem o perigo de se entregar por inteiro e talvez sofrer bastante.

É claro que quero continuar com esse brilho nos olhos da paixão, mas o que me interessa de verdade é paz. É poder me entregar plenamente, não ter medo de amar e ser feliz.

Nos braços de Iemanjá


Andando pelas areias de alguma praia, em um ano qualquer, e num século ainda por vir, ela pôde enfim se escutar. Pois o mar é seu único porto e as ondas fazem lembrar o ventre de sua mãe. E sua mãe era linda. Tinha uma pinta do lado esquerdo da boca e um olhar firme que metia medo e também se podia confiar. O mar era como sua mãe e lá ela podia chorar e num soluço desesperado podia despejar todo seu desejo disperso e aquela ânsia de se completar.
Mesmo sabendo que na vida é preciso coragem para se encarar, ela congelava todas as cenas apaixonadas dos filmes e rasgava as páginas dos livros em que os amantes se separavam e sonhava com o encontro perfeito. Ela amava o amor. Se entregava somente na paixão. Gozava por um amor narcisista, doente, que ela considerava puro.
A lua crescente e amarela engolia o mar e essa mulher se derramava na areia e deixava que o mar lhe segurasse. E assim foram seguindo os dias, as noites, as tempestades e ela apaixonada, mais uma vez. Mas dessa vez era pelo mar, pela sua mãe, pelo seu próprio coração.

O filme da vida


A vida é como um filme. Muitas vezes penso em algumas cenas em que o tempo e espaço estão fora do alcance da razão. Pessoas que amamos vivem conosco e em questão de minutos não estão mais no nosso foco de visão, mas estão vivas em diversos momentos, guardadas em nossa memória. E parece que foi ontem que eu passeava com meu avô no calçadão da praia, cantando e carregando sacolas de compras que fizemos no supermercado. Mas não. Isso faz exatamente 15 anos. Ou de minha mãe fazendo tudo o que podia para crescermos ( eu e meu irmão ) com dignidade. É. E ai eu percebo que não temos muito controle do tempo. Ele é um mistério. Assim como quase tudo que nos cerca. Descobri há pouco tempo, que temos o livre arbítrio do que
podemos fazer com nossas vidas. Antes ia seguindo o fluxo do vento, deixando que os acontecimentos me levassem a uma direção. Hoje vejo que podemos escolher o que desejamos para nossa vida. E construímos esses momentos a cada dia, nos mínimos detalhes. Precisamos estar alertas. Isso. Para cada ação, vontade e desejo. Nossas escolhas determinam nosso presente e futuro. Por isso não somos vítimas e sim responsáveis por tudo que acontece conosco. Podemos viver uma vida com intensidade, mas se não tiver amor, dedicação, compreensão, maturidade e principalmente sapiência nada adianta. Para ter tudo isso, precisamos ter paz. E para conseguir paz precisamos trabalhar nossos corações. Controlar nossos impulsos e emoções e ter a humildade de errar e pedir desculpas, e a compaixão por aqueles que não conseguem ter inteligência emocional e a força para sofrer o que for preciso e renascer com mais experiência e determinação. Estamos em um grande aprendizado, onde o que interessa é viver se amando, amando quem está perto de nós e guardando o amor dos que já não estão presentes. É viver sem arrependimentos.

Atenção. É a palavra mais importante. Vamos prestar atenção nos nossos pensamentos, nos nossos comentários, nos nossos desejos. Vamos nos concentrar em cada ação e fazer delas o melhor que podíamos fazer. Uma ação de cada vez. Vamos fazer da nossa vida um exemplo para nossos filhos, amigos, e principalmente para nós mesmos.

Tudo passa muito rápido. Porém quando se possui uma vida produtiva, repleta de bondades, generosidades. Esse tempo vale à pena. E é isso que eu desejo. Uma vida que valha a pena, com pessoas preciosas, com lugares preciosas e com momentos preciosos. Sucesso é uma sucessão de acontecimentos que dão certo.

Eu desejo para todos vocês todas as cores desta vida. Todas as alegrias. Para você neste novo ano desejo que os amigos sejam mais cúmplices, que sua família esteja mais unida que sua vida seja mais bem vivida.

E que vocês todos estejam cada vez mais perto de mim multiplicando de alegrias este maravilhoso filme que é a vida.

Eu por eu mesma


Olá. Meu nome é Aline Juruena, sou jornalista, calço 38/39. É, eu sei. Não é muito normal para uma pessoa que tem 1 metro e 65 de altura. Meu prato preferido é strogonoff de frango com batata frita, gosto de jazz, choro, samba, afro samba, adoro cachoeira e praia e é isso. Sou muito simples e gosto muito de viver e como não estou no Orkut, resolvi montar um blog, principalmente para me distrair, colocar alguns fantasmas para fora, escrever o que sinto, o que acredito, o que não acredito, mostrar uns filmes, o meu trabalho e trocar figurinhas com quem estiver afim. Tudo sem nenhuma pretensão e ponto final. Bem vindos!